Encuestas sobre Javier Milei, La Libertad Avanza y el peronismo

Falta apenas uma semanita para as eleições de 2025, onde vamos escolher deputados e senadores, formando assim um novo Congresso. Com os comícios chegando no próximo dia 26 de outubro, as pesquisas de opinião estão começando a mostrar o que a galera pensa sobre o cenário político. Esse termômetro social tá revelando como os argentinos se sentem em relação ao presidente Javier Milei, os escândalos de corrupção que afetaram sua equipe da Libertad Avanza, e até a força que o peronismo pode ter com o Fuerza Patria. Além disso, há o que pode rolar com os partidos que não se identificam nem com os liberais nem com os kirchneristas, tentando ganhar espaço em uma votação tão polarizada.

A imagem de Javier Milei e a aprovação na primeira metade de seu mandato

Como anda a percepção do Javier Milei por parte da população e quais os impactos nas últimas pesquisas sobre La Libertad Avanza e Fuerza Patria? A menos de duas semanas das eleições, os dados mais recentes mostram uma competição acirrada entre os grupos políticos principais, e o foco está na figura do presidente e na visão que os argentinos têm dele.

1. Imagem do presidente: queda significativa

A avaliação pública de Milei está passando por um desgaste visível. Aqui estão alguns números para entender melhor a situação:

• Uma pesquisa realizada pela consultoria Zuban Córdoba e Associados, entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro, indicou que a imagem negativa de Milei subiu para 63,2%. Essa é a maior alta do ano pra ele.

• No mesmo estudo, 64,7% dos entrevistados desaprovavam a sua gestão.

• Outro levantamento da Management & Fit revelou que sua imagem positiva caiu para 37,4%, enquanto a negativa subiu para 47,9%.

• E uma pesquisa da Rubikon Intel (11-12 de outubro) trouxe números similares: 37,2% de imagem positiva e 47,4% de negativa.

Esse conjunto de dados revela que, embora Milei ainda tenha um grupo de apoiadores, a desvalorização é maior. Isso coloca o líder numa situação delicada às vésperas dos votos, já que sua liderança está questionada e isso pode afetar o seu partido.

Libertad Avanza e Fuerza Patria: uma eleição polarizada e disputada

Os principais partidos estão em uma disputa bem acirrada, com La Libertad Avanza e Fuerza Patria bem próximos nos números, mas com algumas alertas a serem consideradas.

• Um estudo publicado pelo El País estima que La Libertad Avanza está com 36,7% de intenção de voto, contra 34,8% de Fuerza Patria.

• Uma outra pesquisa da Rubikon, também recente, mostrou LLA com 34,6% e Fuerza Patria com 32,2%.

• Curiosamente, um levantamento do Página 12 indicou que, na província de Buenos Aires, o espaço peronista superou La Libertad Avanza localmente, com 47,3% contra 33,7%.

A vantagem do governo (LLA) é bem apertada, e a vitória em Buenos Aires é um sinal de alerta para Milei. Embora a nível nacional eles estejam à frente, os dados do “território quente” estão dando indícios de que a situação não é tão confortável.

3. Por que a imagem caiu, mas o voto ainda tá firme?

Esse é um ponto chave para entender as dinâmicas eleitorais:

• Mesmo que a imagem de Milei seja, em sua maioria, negativa, seu partido ainda mantém um apoio significativo. Isso sugere que há um núcleo de eleitores que valoriza suas propostas ou o vê como uma alternativa à “casta política”.

• O desgaste da figura presidencial pode afetar a captação de votos mais moderados ou “flutuantes”, além de mobilizar a oposição.

• Segundo um estudo da Bloomberg, a insatisfação não é só com Milei, mas com o sistema político de modo geral: 66% dos entrevistados expressaram descontentamento.

• Em Córdoba, por exemplo, um levantamento da Rubikon mostrou que, após um grande evento de Milei no Movistar Arena, 31% dos consultados disseram que sua opinião sobre ele piorou, enquanto apenas 10,6% disseram que melhorou.

4. Riscos para o governo e sinais para a oposição

Para o espaço de Milei:

• Essa alta imagem negativa o torna mais vulnerável aos “contraataques” da oposição, além de mobilizar o medo ou descontentamento das pessoas.

• Se as pessoas que desaprovam o presidente se mobilizarem, isso pode mudar a eleição.

• O eleitorado que a oposição conseguir movimentar pode superar o oficialismo, especialmente num ambiente adverso à figura de Milei.

Para a oposição (Fuerza Patria):

• A competição acirrada abre uma “janela de oportunidade” para conseguir alcançar ou até superar o governo.

• É crucial que aproveitem a imagem negativa de Milei, transformando isso em votos e organização no território.

• A vitória em Buenos Aires pode servir como um recado e gerar um impulso a nível nacional.